30.5.08

o segundo lhe chegou...

houveram na minha vida tempos de galinhagem. tempos febris e tempos frios. houve um dia em q vivi uma paixão proibida. tão proibida hoje qt foi um dia. houve, então, tentativa estabanada de fuga. e tinham olhos de mel a minha fuga e, regido pelo signo q mais odeio, um dia fugiu de mim.

se eu soubesse, naqueles dias primeiros, naquele palco, que 3 meses depois o veria beijando a outra, se eu soubesse... ainda assim teria permitido a ele meu corpo e minhas dúvidas?

o tempo é feliz e espero nunca reclamar dele ao envelhecer pq hoje posso tirar o peso do coração e remendar o rasgo no orgulho sabendo que, na verdade verdadeira, nada valeu a pena mesmo.

a febre de estarmos separados não se refletia minimamente enquanto grudados, o sorriso bonito não me dizia coisas bonitas, o amor era da boca pra fora. o cheiro de sândalo, que emanava do cordãozinho q eu, num acesso boboca de romantismo, lhe presenteara, perfumou a outra.

não valeram as canções que cantei pra ele dormir, não valeu o choro que solucei.

não trago dele album de fotos, não trago presentes nem cartas de amor. ele não me deixou uma caixa de sapatos recheada de memórias.

no fundo do meu baú, onde mora o orgulho que ele machucou, achei uma pontinha de tristeza, umas lembranças ruins e uma música da calcanhotto que, outro dia mesmo, dediquei pra outro.

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